Coluna Acalanto, de Fátima
Araújo, para esta terça, 15 de janeiro de 2013.
A Fuga
Fátima Araújo
Com
tanta violência no trânsito, no jogo da competitividade/ambição das pessoas,
nas relações interpessoais, enfim, a gente sente necessidade de “fugir” para o
mundo onde as dores e os traumas sejam mais suaves, mesmo que seja fazendo ”viagens”
transcendentais, para não enlouquecer de vez. O fato é que não se tem mais
saúde psicológica, não se enxerga mais o amor como conexão espiritual e até o
“Amai-vos uns aos outros”, que Jesus nos ensinou, vem perdendo o sentido.
Penso
em minha experiência de vida interior e sou grata por conseguir essa “fuga”, sempre
que me infelicito com a falsidade e a futilidade das pessoas. Elas se iludem
com o poder, as posições e as vaidades torpes. Fico me policiando para não rir
interiormente desses seres tolos, afinal preciso manter a visão humanística que
tenho de tudo, e não posso comprometer meu senso humanitário zombando de
alguém!
Precisamos
guardar a juventude em nossos corações, não importa a idade que tenhamos, nem a
fé que professamos. A verdade, a decência, o pudor e a capacidade de sermos
superiores às excentricidades que empobrecem o espírito devem ser constantes.
Sob os clarões
das lâmpadas do glamour, a futilidade mostra seus dentes amarelecidos... Mas
ainda é possível fugir para o mundo das sensações mais límpidas. Afinal, nem
tudo está perdido, pois espíritos superiores, de vez em quando, habitam este
mundo torpe e deixam sua parcela de contribuição, como aqueles que fizeram as
grandes invenções e descobertas, ou os que sugeriram ao mundo soluções
pacíficas, como Gandhi, Irmã Dulce, Chico Xavier e outros. Esses seres
superiores é que deveriam ser classificados como celebridades, e não as personalidades
“festivas” de mundinhos fúteis, poderosos, autoritários ou corruptos!
Quero fugir!
Venham comigo!
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