O DESVAIRIO DE ELE & ELA - Ademir Alves de Melo


O DESVAIRIO DE ELE & ELA
Ademir Alves de Melo
Já se tornaram intransigentes até à inconsequência. Ultrapassaram, inclusive, todos os limites da conveniência. Semana passada, percorreram os corredores dos ministérios e bateram às portas da Ministra de Igualdade Racial, para tentar requentar o seu desgastado pleito de monótono discurso, sem amparo legal nem lastro político e moral. Constrangimento inefável para a Ministra, pois não tem cabimento recorrer ao titular de uma pasta para interferir junto a um colega de ministério em defesa de uma causa perdida sob todos os pontos de vista.
Na madrugada de hoje, rumaram para o Recife, onde protocolaram uma apelação no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, requerendo a suspensão da sentença prolatada pelo Juiz Federal João Bosco Medeiros de Sousa, titular da 1ª Vara da Justiça Federal da Paraíba), que deferiu, em 26.09.2012, a antecipação dos efeitos da tutela de mérito na ação movida pela reitora eleita Margareth Diniz. Vejam o despautério: a querela agora em contra o Dr. João Bosco, Juiz Federal de ilibada conduta! Simplesmente querem procrastinar o ato final.
Foge ao mais elementar discernimento da razão o que passa na cabeça dessas pessoas, que ainda não se deram conta do atoleiro moral em que mergulharam, num processo de desgaste irreversível a que se expõem. Não conseguiram atinar para uma realidade cristalina que a ninguém mais escapa compreendê-la em seus fundamentos. Até mesmo os contendores derrotados nas urnas - agora, ocupados em angariar votos para o seu candidato a prefeito municipal na esteira do lugar-tenente na detonação do tumulto gerado, ora refestelado em nova poltrona – perdem o seu precioso tempo numa confrontação desastrada. Prevaleceu o bom senso: jogaram a toalha.
Como anteriormente dito em outra reflexão sobre essa via crusis inédita nos anais da história da UFPB, as entidades representativas da sociedade paraibana já se pronunciaram pelo fim dessa resistência insana ao reconhecimento do óbvio ululante: reitora eleita, reitora empossada. Em outra frente dessa cruzada pelo restabelecimento da ordem e da compostura, onze dos doze deputados federais e os três senadores da República, todos representantes da Paraíba no Congresso Nacional, assinaram nota de apoio à nomeação de Margareth Diniz na Reitoria da UFPB. Que dizer, então, da Justiça, em todas as instâncias de decisão por onde têm transitado os inconformados e perdido todas as causas, uma atrás da outra.
Qual a razão de tanta teimosia? É o que todos perguntam. Como se explica essa resistência insana à consumação de um ato que, necessariamente, deve acontecer, até porque não há ministro da Educação que se disponha a anotar na sua agenda uma causa disparatada, quanto mais agora, quando os setores mais recalcitrantes da direita golpista tenta envolver Lula, Dilma e o PT em irregularidades cometidas por aloprados, na feliz expressão do ex-presidente. Além disso, há que levar em conta que o ministro da Educação tem uma história de luta consequente em defesa da democracia e da legalidade restabelecida após duas décadas de escuridão a tisnar como uma nódoa indelével a história pátria ultrajada por golpistas.
Afinal, o que leva Ele & Ela ao desvario? 

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Messina Palmeira

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