Margareth Diniz – a primeira mulher a ocupar o reitorado da UFPB


Reitora eleita revela porque a chapa UFPBMais foi a vencedora

Tranquila, simples, simpática, competente e preparada. Estes são os traços principais que podem definir o perfil da doutora Margareth Diniz Formiga, a primeira mulher que vai dirigir, a partir de 2013, os caminhos da Universidade Federal da Paraíba. Na entrevista, concedida à jornalista Messina Palmeira para o Magazine, Margareth fala sobre o resultado da eleição e dos desafios de administrar a UFPB.
 Messina Palmeira - Professora, por que a sua chapa UFPBMais venceu a eleição para a reitoria?
 Margareth Diniz  - Vencemos porque as propostas apresentadas por nossa chapa representaram mais que um compromisso de mudança, constituem  um resgate das prioridades fundamentais para o soerguimento de nossa Universidade, que deverão envolver todos os segmentos da UFPB que nos deram credibilidade  para assegurar que as ações serão cumpridas, com austeridade, ética, competência e dedicação, face aos grandes desafios que se apresentam.
  Messina Palmeira- Como está o andamento do processo encaminhado ao STF, pelo reitor Polari?
Margareth Diniz - O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres de Brito, declinou da competência do STF para julgar o pleito, com base no parágrafo 1 do artigo 21 do regimento interno do STF. Não houve quebra de autonomia da Universidade que justificasse avaliação pelo STF, e assim foi encaminhado para o STJ.
 Messina Palmeira - Qual foi a sua postura com relação aos candidatos que não obtiveram êxito?
Margareth Diniz - Respeitamos os que vieram para a disputa e buscamos, no segundo turno, o apoio daqueles que pretendiam acrescentar propostas para ampliação do nosso programa, na pauta da qualidade pretendida para a UFPB. Vitoriosos, trabalharemos com todos os que querem realizar, trabalhar e da reitoria esperam suporte, incentivo e não impedimentos. Estaremos com estes que são muitos.
  Messina Palmeira - Quais ações serão efetivadas e implantadas nos Campi que não estão localizados na capital paraibana?
Margareth Diniz - O olhar dos dirigentes de uma Instituição como a UFPB deve estar, sempre, orientado para espaços acadêmicos a conquistar. Avalio que o corpo UFPB – docentes, discentes e servidores técnicos administrativos – tem as qualidades que autorizam ousar, projetar avanços e correções de rumos. A correção de rumos e de sentidos do REUNI será um grande desafio. Vamos consolidar os cursos novos, alavancar os cursos já existentes, viabilizando toda infraestrutura física e de recursos humanos necessários para  formação universitária de qualidade.
  Messina Palmeira- E no Campi da capital paraibana?
Margareth Diniz -  Abrir e assegurar espaços e condições para as iniciativas inovadoras e outras já consolidadas dos nossos docentes, ampliar a qualificação e capacitação dos servidores e ativar iniciativas que valorizem nossos cursos de graduação, pós-graduação e pesquisa. Fazer valer na sua plenitude o Programa Nacional de Assistência Estudantil. Vamos dar vida acadêmica, cultural, artística e tudo mais que a UFPB, em todos os campi, clama.
  Messina Palmeira - Os estudantes da UFPB praticamente não compareceram às urnas para a escolha do novo reitor da UFPB. A que a senhora atribui este fato?
Margareth Diniz - Observando os dados estatísticos das últimas 4 eleições para sucessão da Reitoria na UFPB, há uma preocupante abstenção do segmento estudantil. É nosso propósito, abrirmos um fórum permanente de debates sobre temas que unem todos os segmentos e áreas dos saberes universitários, e trazer o segmento estudantil para uma inclusão efetiva e abrangente, também para a questão da participação na decisão da escolha dos dirigentes da Instituição.
 Messina Palmeira - A senhora será a primeira mulher a administrar a Universidade Federal da Paraíba. A senhora se acha preparada para exercer o cargo?
Margareth Diniz - A decisão de candidatar-me à Reitora da UFPB foi a soma das vontades de tantos que como eu, dedicados ao ensino, à pesquisa e extensão, e com larga experiência administrativa, queriam fazer mais, qualitativamente, pela UFPB. Minha trajetória de dedicação exclusiva há 27 anos à UFPB, atuando em todas as esferas institucionais, me preparou para honrar este cargo.
 Messina Palmeira - Quais as suas principais metas à frente da UFPB?
Margareth Diniz - As políticas centrais para a nossa gestão exprimem uma nova percepção das dimensões fundamentais para o soerguimento sustentável da UFPB, face aos grandes desafios do nosso tempo. Ocuparemos o domínio das realizações quantitativas para fazer valer a movimentação qualitativa dos nossos alunos, servidores técnico-administrativos e dos docentes, numa gestão participativa, democrática e, sobretudo, transparente.
 Messina Palmeira- O seu vice, o professor Eduardo Rabenhorst, está também integrado no processo de novos rumos para a UFPB?
Margareth Diniz - Todas as propostas consignadas na nossa carta programa representam o pacto de Margareth Diniz e Eduardo Rabenhorst para condução da UFPB nos próximos quatro anos. “Mudar para Qualificar” é o selo que nos inspira e motiva a trabalhar juntos, acreditando numa universidade de qualidade, responsável e inclusiva, atendendo aos interesses do conhecimento e da sociedade.
 Messina Palmeira - Um dos grandes desafios da UFPB é conseguir que mais estudantes concluam os seus cursos. Como efetivar este objetivo?
Margareth Diniz - O Relatório de gestão 2011 do atual reitorado, postado no site www.ufpb.br, demonstra que de cada 100 estudantes da UFPB apenas 39 estão concluindo seu curso. Este dado é extremamente preocupante. Cremos que uma política eficiente  de assistência estudantil (moradia, alimentação, assistência à saúde, transporte, inclusão digital, centros acadêmicos, esporte e lazer, acessibilidade, bibliotecas etc.) nos moldes do PNAES (decreto 7234 de 19/07/2010) poderá  minimizar este problema.
 Messina Palmeira- Constantemente se escuta falar em assaltos nos Campi da UFPB. Como mudar este quadro?
Margareth Diniz - Há muito se ouve falar em ações de segurança na UFPB, no entanto até hoje este item deixa muito a desejar em todos os campi da instituição. Há necessidade de implantação de medidas urgentes, como ampliação de segurança motorizada, eletrônica, guaritas, etc. Na nossa gestão, o setor de segurança ficará vinculado diretamente ao gabinete da reitora.
 Messina Palmeira - Qual a sua mensagem para os servidores técnicos da Federal?
Margareth Diniz - Os servidores técnico-administrativos da UFPB poderão esperar  apoio, incentivo à capacitação e qualificação e valorização do seu trabalho na nossa gestão; implantação do Serviço Integrado à Saúde do Servidor (SIASS), melhores condições de trabalho, edital interno para remanejamento e concurso público para suprir as necessidades dos serviços; participação na administração, ocupando cargos de relevância na UFPB e a certeza que os outros itens descritos na nossa carta programa deverão ser cumpridos.
 Messina Palmeira – E o que diz à comunidade da UFPB?
Margareth Diniz - A UFPB precisa avançar, porém com mudanças qualitativas. As propostas por nós apresentadas representam mais do que um compromisso de fazer, mas a necessidade de  resgatar com urgência as prioridades fundamentais para o soerguimento da nossa Universidade, cuja realização convoca a todos que  reconhecem a dívida com todos os seus segmentos e com a sociedade. “Mudar para Qualificar” é o selo que inspira e motiva a todos que pensam a UFPB MAIS. A mudança já começou!

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Messina Palmeira

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