A CORAGEM AVARENTA NO CONSUNI da UFPB


A CORAGEM AVARENTA NO CONSUNI
Ademir Alves de Melo
A solidariedade é um dos princípios básicos da concepção política e moral da organização do movimento que conduziu a Reitora Margareth Diniz à Reitoria da UFPB, e constitui o fim e o motivo primário do valor da divisa Mudar para Qualificar. A sua importância é radical para o bom desempenho da gestão administrativa que se propõe a reconstruir a instituição em novas bases organizacionais, e de singular interesse para o desenvolvimento estadual.
Junto com o princípio da autoridade, legitimada por mais de 94% da comunidade acadêmica, a personalidade, a convergência subsidiária e o bem comum, a solidariedade é um dos princípios da filosofia social. Entende-se por regra geral que, sem esses cinco princípios, a instituição universitária não funciona bem, nem se encaminha ao seu verdadeiro fim.
Estas reflexões se justificam pela necessidade imperiosa de que se revertam as inércias individualistas existentes na instituição, dada à falta de convicção suficiente diante dos desafios que afrontam o projeto de mudanças. 
As resistências que se antepõem a esse projeto e levam ao agravamento calculado de problemas existentes, ou emergentes, exigem de cada auxiliar e dos apoiadores nos órgãos de deliberação superior, um posicionamento firme e decidido em apoio à Reitora, em voz uníssona. Paradoxalmente, isto não vem acontecendo a contento, ficando a Reitora, sozinha, a enfrentar investidas que chegam às raias do atrevimento, visando ao descrédito da autoridade e ao resgate de uma desordem em desmonte.
Decididamente, os que se expuseram, desde a primeira hora, ao vendaval do arbítrio e do malfeito, acreditam que é chegada a hora de a Reitora chamar o feito à ordem e exigir de cada apoiador, na Reitoria e nos órgãos de deliberação superior, o compromisso de claro e decidido engajamento para somar forças em torno do projeto que a mesma encarnou como expressão de uma vontade social.
É lamentável e inadmissível o ocorrido na última reunião ordinária do CONSUNI, de 27 p. passado, quando uma conselheira visivelmente movida por ranços de derrota tragada no seu Centro de antanha hegemonia quebrada e perda gradativa e inexorável de importância, à falta de propostas alternativas viáveis de realização, usou de palavras deselegantes, em conformidade com as ideias pequenas expostas, para lançar impropérios e proferir dardos peçonhentos, com o fim inconfesso de costurar uma frente opositora às mudanças em curso. Em tais circunstâncias onde a solidariedade deveria mostrar-se presente, os conselheiros aliados ficaram a contemplar essa cena degradante como meros espectadores encolhidos na sua timidez avarenta, como acossados pelo gravame despropositado de uma colega à qual não souberam (ou não quiseram) enfrentar com altivez e solidariedade, como se haveria de esperar, em apoio à Reitora agredida, que não claudicou ao estouvamento pronunciado.
Decididamente, com essa postura acanhada de peças essenciais - que reflete um medo recôndito de mudar a forma de fazer política universitária na UFPB - este reitorado não cumprirá com os seus objetivos anunciados, salvo mudanças tempestivas no padrão de comportamento dos que se perfilam como pilares de uma nova ordem a construir.

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Messina Palmeira

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